sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Dos lamentos dos pastores, por Marília Dis Savtos

Dos lamentos dos pastores, fartos de trabalhar nestes dias solitários cinzentos e mornos, do crepuscular entre o ouro e o anil e o rubro e o violeta.
 
Desde tempos ancestrais, que os gados são a fonte rendimentos para estas gentes.
 
Este Alentejo das terras escuras, sulcadas e lavradas pelos arados sempre um pouco desidratados, pelo calor, do cair das folhas castanhas, brilhantes e vermelhas ao luar e dos Invernos difíceis de suportar...se cozinhar, para a "missadura" se preparar.
Na ribeira, os choupos e os eixos a esvoaçar, os agriões nos valados a ondular, as amoras negras, nos silvados., os cogumelos da terra a brotar.
 
Os pastores exaustos, de tanto trabalhar, para os fenos e as palhas e forragens guardar, nas medas, para as protegerem do inverno…
Dos lamentos dos pastores, fartos de trabalhar nestes dias solitários cinzentos e mornos, do crepuscular entre o ouro e o anil e o rubro e o violeta.
 
Desde tempos ancestrais, que os gados são a fonte rendimentos para estas gentes.
 
Este Alentejo das terras escuras, sulcadas e lavradas pelos arados sempre um pouco desidratados, pelo calor, do cair das folhas castanhas, brilhantes e vermelhas ao luar e dos invernos difíceis de suportar...

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